como fortalecer o relacionamento

Práticas diárias para fortalecer seu relacionamento em tempos difíceis

Freqüentemente, damos o melhor de nós mesmos para colegas de trabalho, amigos e estranhos. O resultado? Nossos companheiros testemunham nossos piores momentos quando chegamos em casa.  Conheça três dicas simples de conectar e aumentar a resiliência no relacionamento.

Práticas diárias para ajudar a fortalecer seu relacionamento

1. Respire lentamente cinco vezes quando as coisas ficarem tensas

Décadas de pesquisas científicas sobre respiração sugerem que, quando relaxamos, alongamos e desaceleramos nossa respiração, podemos aliviar a tensão em nosso sistema nervoso que cria ansiedade e irritação. Em um estudo recente , os pesquisadores descobriram que a respiração diafragmática lenta (respiração abdominal) levou a uma melhora do humor, maior concentração e níveis significativamente mais baixos do hormônio do estresse cortisol.

Esta pesquisa – e experiência prática – indicam que sua respiração é como um portal interno para um estado de calma. Talvez seja a maneira mais poderosa de interromper pensamentos sobre o passado e o futuro que geram tensão e ressentimento. Afinal, cada inspiração e expiração não acontecerá amanhã ou no próximo ano (da mesma forma que os pensamentos podem surgir). Você está respirando agora. 

Como você pode trazer a respiração lenta pela barriga para sua vida diária? Observe aqueles momentos em que você é acionado. Use esses momentos como uma dica para desacelerar sua respiração . Uma boa regra prática aqui é se esforçar para respirações de cinco contagens (cinco contagens dentro, cinco contagens fora). Em seguida, traga sua atenção para onde você está respirando. Veja se você sente a subida e a descida sutil de seu abdômen a cada inspiração e expiração.

2. Dê um abraço em seu parceiro sempre que puder

Isso pode soar como um ato trivial. Mas um crescente corpo de pesquisas descobriu que simples atos de toque estão positivamente associados a uma maior satisfação conjugal e podem funcionar como um amortecedor contra conflitos e ansiedade no relacionamento.

Dar um abraço surpresa em seu parceiro é uma dica poderosa de que você está aberto, solidário e presente – uma dica que pode mudar todo o tom e a trajetória de seu tempo juntos.

3. Mostre ao seu parceiro amor e apreciação 

Em vez de examinar as ações de seu parceiro para ver o que ele fez de errado ou como deixou a bola cair, procure o que ele fez de certo. Veja se você consegue pegá-los no ato de contribuir. Ou veja se você pode apreciá-los por todas as formas ocultas de trabalho que realizam para sua família.

pesquisa de John Gottman indica que a simples prática da apreciação pode mudar toda a cultura do seu relacionamento. Sem apreciação, seu relacionamento pode facilmente cair em padrões de crítica, desprezo e atitude defensiva.

Adicione um pouco de apreço, no entanto, e você mudou tudo. Você desencadeou uma mudança de culpa e ressentimento para gratidão e conexão.

Mais importante ainda, essa prática simples de agradecimento pode quebrar o hábito de levar para casa o que há de pior durante esses tempos difíceis. Além do mais, tem uma qualidade contagiante que também pode inspirar seu parceiro a fazer o mesmo.

Como navegar em conversas difíceis

4 passos definitivos para facilitar conversas difíceis a partir de agora

Já se encontrou enrolando ao máximo para evitar uma daquelas conversas difíceis?

Logo vem aquela sensação de angústia que faz o coração palpitar e as mãos ficarem suadas. Pode ser uma conversa de namorados ou mais formal entre você e um chefe, por exemplo. Ou até mesmo uma conversa em grupo, entre amigos.

Certamente você já passou por uma situação como essa. Por mais intima que seja a nossa relação com a outra pessoa alguns assuntos podem trazer uma sensação assustadora.

Mas algumas vezes não tem jeito, seja por iniciativa sua ou da outra pessoa, possivelmente com o temido “precisamos conversar”, o assunto surge e você se vê obrigado a encarar.

E agora, o que fazer?

Se você deseja ter uma conversa difícil e ainda está com receio acompanhe esse texto para descobrir como é possível tornar uma conversa difícil numa conversa produtiva. Ou talvez o menos desconfortável possível.

Realmente existem muitos assuntos que merecem uma boa avaliação antes de serem abordados, quanto mais delicado for, mais cuidado devemos tomar para que o resultado seja positivo para todos.

Sob a ótica da Comunicação Não Violenta algo muito importante a se manter em mente em qualquer relacionamento e, portanto, em qualquer conversa é a empatia. Que pode ser entendido em partes como a nossa capacidade de realmente enxergar o outro e ver o mundo pelos seus olhos. Nossa habilidade de escutar e permitir-se ser mudado.

Esse “músculo” da empatia é algo que precisa ser exercitado e estar presente para que não só tenhamos a capacidade de navegar conversas difíceis, mas todas as conversas com mais clareza e tranquilidade. Essa aptidão resulta em uma leveza num nível além do nosso pessoal, mas também sistêmico na nossa comunidade.

Todas as pessoas têm dúvidas, angústias, medos e uma forma pessoal e peculiar de olhar o mundo. Levando isso em consideração e com a ajuda de uma boa comunicação conseguiremos nos expressar de forma mais saudável, alcançar melhor nossos objetivos e ainda contribuir para um mundo mais leve.

Acompanhe a seguir algumas dicas para te ajudar a abordar assuntos delicados com mais tranquilidade possível.

saiba o que sente e busca com a conversa

Toda comunicação tem um objetivo e com conversas difíceis não é diferente. Essa clareza tem que se fazer presente antes e durante a conversa, porque se você não sabe o que quer transmitir existe uma chance bem grande de a conversa não levar a lugar algum, só servir para causar mais desconforto e atrito.

Então respire fundo e tente se lembrar do porquê você está buscando essa conversa, o que você quer transmitir? O que você busca alcançar com ela?

E mais importante ainda é entender o que está por trás da sua intenção. Discutir sobre o quão irritante é o fato do seu colega usar de novo suas coisas e deixar tudo largado é possivelmente uma conversa sobre respeito e consideração. Lembre-se disso ao trazer o tópico à tona.

Atitude

Esse ponto serve para todos os tipos de conversas, mas se torna mais importante ainda nas que são mais desafiadoras. Acabamos de estabelecer o objetivo buscado na conversa, mas é importante manter a atitude mental flexível.

Permita-se escutar, avaliar e reagir ao que surge no momento presente, mantendo a cabeça aberta para enxergar pequenas vitórias que podem passar despercebidas se estivermos com os olhos focados apenas no que queremos falar.

Ajuste a efetividade da conversa, colocando a intenção de que não importa o que aconteça algo de bom sempre pode sair de uma troca onde estamos dispostos a buscar verdadeiramente o melhor caminho.

Abrir-se para a possibilidade que o interlocutor possa ter algo realmente importante a adicionar ou que ele tem uma opção melhor do que a que você tinha em mente no início é muito útil para o crescimento pessoal e traz leveza as relações.

Então aqui temos tanto uma atitude positiva quanto uma de flexibilidade, de quem está disposto a mudar para alcançar a melhor opção para todos.

Fale de você

Uma parte importante é falar sobre a sua perspectiva, o que você está sentindo. Fale em primeira pessoa, trazendo seus sentimentos e suas percepções sobre o assunto. Por exemplo, ao invés de dizer “você me deixa com raiva” tente dizer “eu sinto raiva”.

Duas coisas muito boas podem surgir disso, a primeira é que você passa a respeitar o limite do que é seu e o que é do próximo. Estamos falando de algo que você está vivenciando, então é importante firmar isso tanto para você quanto para o interlocutor.

E a segunda é que pessoas se conectam com o que elas identificam nelas mesmas. Então ao trazer um sentimento logo de cara existe uma chance maior de acessarmos a empatia no outro.

Raiva é um sentimento comum, assim como tristeza, angústia, felicidade. Ao dizer que está sentindo isso você se aproxima do outro, porque ele vai reconhecer a sensação que você está vivendo. Isso coloca os dois mais como parceiros do que como oponentes e aumenta bastante a chance de resultados positivos para a conversa.

Preze por todos os envolvidos

Esse ponto tem grande conexão com os anteriores, ao considerar todos os envolvidos na conversa não só trazemos a flexibilidade na conversa, mas também achamos novamente um ponto em comum que pode ser a chave para a efetividade da discussão.

Essa clareza dos sentimentos e princípios por trás do que está sendo falado serve como guia para nortear e manter a conversa num caminho produtivo. Então tão importante quanto a análise do que está por trás do que nós estamos trazendo é buscar entender o que está por trás do que os outros estão expressando.

Pode parecer que seu chefe só briga cobrando os relatórios diariamente porque ele é chato e não sabe o quanto isso te estressa, mas analisando profundamente talvez isso seja uma busca por segurança. Para ele os relatórios trazem os dados necessários para tomar decisões assertivas que tragam melhores resultados e que façam ele se sentir mais seguro.

É muito mais fácil se conectar com o medo que alguém pode sentir de tomar decisões erradas ou que acarretem perdas. Todos querem tomar decisões seguras e lembrar desse princípio compartilhado vai com certeza aproximar os participantes da conversa.

Nesse sentido muito provavelmente os outros participantes ou seu interlocutor precisem de ajuda, porque raramente as pessoas costumam tirar o tempo para analisar isso dentro delas mesmas.

Parte do seu trabalho para conseguir navegar essa conversa mais difícil pode ser exatamente trazer luz a esses pontos tão importantes e que podem ser a grande diferença para ter uma boa conversa.

Então é isso, agora que você já sabe como tornar qualquer troca mais produtiva e evitar tensões extras, respire fundo, dê uma boa olhada para seus motivos, positive as atitudes e boa sorte com a sua conversa!

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Da raiva ao amor: A arte da autointervenção

A raiva é desconfortável – mas também vicia! Em situações difíceis, a raiva surge como um mecanismo de defesa, uma ferramenta para ajudá-lo a se energizar para que você possa lidar com o que quer que tenha catalisado o sentimento. Sempre nos convencemos, sempre que ficamos com raiva, de que o fogo interior da raiva nos ajudará a lidar com o que quer que seja ou com quem nos feriu. Mal sabemos que muitas vezes nos prejudicamos ainda mais profundamente ao permitir que a toxicidade assuma o controle das nossas vidas.

Podemos intervir em momentos de raiva, à medida que aprendemos que deixar a raiva nos controlar muitas vezes é o maior inimigo de todos.

A boa notícia é que podemos intervir em momentos de raiva, pois aprendemos que permitir que a raiva nos controle muitas vezes é o maior inimigo de todos. Portanto, da próxima vez que você estiver em uma situação que provoque uma reação de raiva, experimente esta prática de autointervenção.

Uma prática para passar da raiva ao amor

  1. Reconheça sua raiva quando ela surgir. Suprimir a raiva apenas torna o sentimento mais intenso e intransponível.
  2. Considere se há algo concreto que você pode fazer ou dizer para melhorar a situação (como sair da sala onde houve uma conversa acalorada ou dar uma caminhada para se acalmar).
  3. Se não houver nada que você possa fazer no momento, mantenha sua atenção no simples reconhecimento de sua raiva. O simples gesto de direcionar sua mente para administrar a situação com atenção o impede de ter uma visão limitada. Este é um ato de autocuidado.
  4. Se parecer impossível tolerar o desconforto de sua raiva, tente abrir sua perspectiva. Pense em todas as coisas pelas quais você é grato no momento. Isso pode ajudá-lo a mudar sua percepção da situação em questão.
  5. Acredite ou não, aceitar a nós mesmos – por mais zangados que estejamos – é um ato de compaixão, de amor. Esses momentos sempre vêm e vão de novo e de novo. A maior pergunta, então, é: como posso transmutar essa raiva em algum ato de amor?

Como Ser Mais Compassivo: Um Guia Atento para a Compaixão

Por meio da bondade amorosa e da prática da consciência, você pode se conectar mais profundamente com você mesmo e com os outros. Explore nosso novo guia para se inclinar para a bondade e cultivar a compaixão todos os dias.

  • O que é compaixão?
  • Pratique a Autocompaixão
  • Meditação de Amor-Bondade
  • Empatia e Compaixão
  • Cultive Compaixão Todos os Dias

A compaixão nos ajuda a nos conectar com os outros, consertar relacionamentos e seguir em frente, ao mesmo tempo que estimula a inteligência emocional e o bem-estar. A compaixão leva a empatia um passo adiante porque acalenta o desejo de que todas as pessoas se livrem do sofrimento e está imbuída do desejo de ajudar.

 

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O que é compaixão?

A compaixão é simplesmente uma presença gentil e amigável em face do que é difícil. Seu poder está nos conectando com o que é difícil – ele nos oferece uma abordagem que difere do afastamento que normalmente fazemos.

Começamos com empatia – aquele sentimento de conexão. Quando podemos reconhecer a semelhança da condição humana, algo belo acontece: diminuímos a crueldade sutil da indiferença.

O que é autocompaixão?

A autocompaixão envolve tratar a si mesmo da maneira como trataria um amigo que está passando por momentos difíceis – mesmo que seu amigo estrague tudo ou se sinta inadequado, ou apenas esteja enfrentando um difícil desafio na vida. A definição mais completa envolve três elementos centrais que usamos quando estamos com dor: bondade própria, humanidade comum (o reconhecimento de que todos cometem erros e sentem dor) e atenção plena.

Por que a autocompaixão é importante

Indivíduos que são mais autocompaixão tendem a ter maior felicidade, satisfação com a vida e motivação, melhores relacionamentos e saúde física, e menos ansiedade e depressão. Eles também têm a resiliência necessária para lidar com eventos estressantes da vida, como divórcio, crises de saúde, fracasso acadêmico e até mesmo para combater traumas.

Quando estamos atentos às nossas lutas e respondemos a nós mesmos com compaixão, bondade e apoio em momentos de dificuldade, as coisas começam a mudar. Podemos aprender a abraçar a nós mesmos e às nossas vidas, apesar das imperfeições internas e externas, e fornecer a nós mesmos a força necessária para prosperar.

Os mitos comuns da autocompaixão

Mito : a autocompaixão nos tornará fracos e vulneráveis .

Verdade : Na verdade, a autocompaixão é uma fonte confiável de força interior que confere coragem e aumenta a resiliência quando enfrentamos dificuldades. A pesquisa mostra que as pessoas autocompaixão são mais capazes de lidar com situações difíceis, como divórcio, trauma ou dor crônica.

Mito : Autocompaixão é realmente o mesmo que ser auto-indulgente .

Verdade : Na verdade, é exatamente o oposto. A compaixão nos inclina para a saúde e o bem-estar de longo prazo, não para o prazer de curto prazo. Pesquisas mostram que pessoas autocompetitivas adotam comportamentos mais saudáveis, como fazer exercícios, comer bem, beber menos e ir ao médico com mais regularidade.

Mito : a autocompaixão é realmente uma forma de desculpar o mau comportamento .

Verdade : Na verdade, a autocompaixão fornece a segurança necessária para admitir os erros, em vez de culpar outra pessoa por eles. A pesquisa mostra que as pessoas autocompaixão assumem maior responsabilidade pessoal por suas ações e são mais propensas a se desculpar se ofenderem alguém.

Mito : a autocrítica é um motivador eficaz 

Verdade : não é. Nossa autocrítica tende a minar a autoconfiança e leva ao medo do fracasso. Se tivermos autocompaixão, ainda estaremos motivados para alcançar nossos objetivos – não porque sejamos inadequados como somos, mas porque nos preocupamos com nós mesmos e queremos alcançar nosso potencial máximo. Pessoas com autocompaixão têm padrões pessoais elevados; eles simplesmente não se culpam quando falham.

 

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Como praticar a autocompaixão

Encontre Compaixão: Escreva uma Carta para Você Mesmo

Você pode encontrar sua voz compassiva escrevendo uma carta para si mesmo sempre que tiver dificuldades ou se sentir inadequado, ou quando quiser se motivar para fazer uma mudança. Pode parecer desconfortável no início, mas fica mais fácil com a prática.

Aqui estão três formatos para experimentar:

  1. Pense em um amigo imaginário que é sábio, amoroso e compassivo e escreva uma carta para si mesmo da perspectiva de seu amigo.
  2. Escreva uma carta como se estivesse falando com um amigo muito querido que está lutando com as mesmas preocupações que você.
  3. Escreva uma carta da parte compassiva de você para a parte que está lutando.

Depois de escrever a carta, você pode colocá-la de lado por um tempo e depois lê-la mais tarde, deixando que as palavras o acalmem e confortem quando você mais precisar.

Uma prática de autocompaixão para renovar seu cérebro para a resiliência

Este é um exercício da especialista em resiliência Linda Graham para mudar nossa consciência e trazer aceitação à experiência do momento. Ajuda praticar essa quebra de autocompaixão quando qualquer perturbação ou angústia emocional ainda é razoavelmente controlável – para criar e fortalecer os circuitos neurais que podem fazer essa mudança e recondicionamento quando as coisas estão realmente difíceis.

  • A qualquer momento que você notar uma onda de emoção difícil – tédio, desprezo, remorso, vergonha – faça uma pausa, coloque a mão no coração (isso ativa a liberação de oxitocina, o hormônio da segurança e da confiança).
  • Tenha empatia com sua experiência – reconheça o sofrimento – e diga a si mesmo: “isso é perturbador” ou “isso é difícil!” ou “isso é assustador!” ou “isso é doloroso” ou “ai! Isso dói ”ou algo semelhante, para reconhecer e se preocupar com você mesmo quando você vivenciar algo angustiante.
  • Repita essas frases para você (ou alguma variação de palavras que funcionem para você):

Que eu seja gentil comigo mesmo neste momento.

Isso quebra a automaticidade de nossas respostas de sobrevivência e ciclos de pensamento negativo.

Posso aceitar este momento exatamente como ele é.

De William James, considerado o fundador da psicologia americana: “Esteja disposto a que assim seja. Aceitar o que aconteceu é o primeiro passo para superar as consequências de qualquer infortúnio. ”

Que eu possa me aceitar exatamente como sou neste momento.

Do psicólogo humanista Carl Rogers: “O curioso paradoxo é que, quando me aceito exatamente como sou, posso mudar.”

Que eu possa dar a mim mesma toda a compaixão de que preciso.

A compaixão é um recurso para a resiliência, e você merece tanto sua própria compaixão quanto os outros.

  • Continue repetindo as frases até sentir a mudança interna: A compaixão, a bondade e o cuidado consigo mesmo se tornando mais fortes do que a emoção negativa original.
  • Faça uma pausa e reflita sobre sua experiência. Observe se surge alguma possibilidade de ação sábia.

A autocompaixão depende do contato direto e honesto com nossa própria vulnerabilidade. A compaixão floresce totalmente quando ativamente cuidamos de nós mesmos. Para ajudar as pessoas a lidar com os sentimentos de insegurança e indignidade, frequentemente introduzo a atenção plena e a compaixão por meio de uma meditação que chamo de CHUVA da Autocompaixão. A sigla RAIN, cunhada pela primeira vez há cerca de 20 anos por Michele McDonald, é uma ferramenta fácil de lembrar para praticar a atenção plena. Possui quatro etapas:

  • Reconheça o que está acontecendo
  • Permita que a experiência esteja lá, assim como é
  • Investigue com gentileza
  • Consciência natural, que vem de não se identificar com a experiência

Você pode levar o seu tempo e explorar RAIN como uma meditação independente ou percorrer as etapas de uma forma mais abreviada sempre que surgirem sentimentos desafiadores.

R – Reconheça o que está acontecendo

Reconhecer significa reconhecer conscientemente, a qualquer momento, os pensamentos, sentimentos e comportamentos que estão nos afetando. Como acordar de um sonho, o primeiro passo para sair do transe da indignidade é simplesmente reconhecer que estamos presos, sujeitos a crenças, emoções e sensações físicas dolorosamente restritivas. Os sinais comuns de transe incluem uma voz interna crítica, sentimentos de vergonha ou medo, o aperto da ansiedade ou o peso da depressão no corpo.

A — Permitindo: Fazendo uma Pausa para Dar Vida

Permitir significa deixar que os pensamentos, emoções, sentimentos ou sensações que reconhecemos simplesmente estejam lá. Normalmente, quando temos uma experiência desagradável, reagimos de uma destas três maneiras: acumulando julgamentos; entorpecendo-nos aos nossos sentimentos; ou focalizando nossa atenção em outro lugar.

Nós permitimos simplesmente fazendo uma pausa com a intenção de relaxar nossa resistência e deixar a experiência ser exatamente como é. Permitir que nossos pensamentos, emoções ou sensações corporais simplesmente existam não significa que concordamos com nossa convicção de que somos indignos.

I – Investigando com Bondade

Investigar significa invocar nossa curiosidade natural – o desejo de saber a verdade – e direcionar uma atenção mais concentrada para nossa experiência presente. Simplesmente fazer uma pausa para perguntar, o que está acontecendo dentro de mim ?, pode iniciar o reconhecimento, mas a investigação adiciona um tipo de investigação mais ativo e pontual. Você pode se perguntar: O que mais precisa de atenção? Como estou sentindo isso no meu corpo? O que estou acreditando? O que esse sentimento quer de mim?

N – Consciência Amorosa Natural

A consciência amorosa natural ocorre quando a identificação com o eu é afrouxada. Essa prática de não identificação significa que nosso senso de quem somos não se funde com nenhuma emoção, sensação ou história limitadora.

Embora os três primeiros passos do RAIN exijam alguma atividade intencional, o N é o tesouro: Um retorno libertador à nossa verdadeira natureza. Não há nada a fazer nesta última parte de RAIN; simplesmente descansamos na consciência natural.

A CHUVA da Autocompaixão não é uma meditação única, nem a realização de nossa consciência natural é necessariamente plena, estável ou duradoura. Em vez disso, à medida que você pratica, pode experimentar uma sensação de calor e abertura, uma mudança de perspectiva. Você pode confiar nisso! RAIN é uma prática para a vida – responder às nossas dúvidas e medos com uma presença curativa. Cada vez que você está disposto a desacelerar e reconhecer, oh, este é o transe da indignidade … isso é medo … isso é magoado … isso é julgamento …, você está prestes a desacondicionar os velhos hábitos e auto-crenças limitantes que aprisionam seu coração. Gradualmente, você experimentará a consciência amorosa natural como a verdade de quem você é, mais do que qualquer história que você já contou a si mesmo sobre ser “não bom o suficiente” ou “basicamente falho”.

Cada um de nós tem o condicionamento para viver por longos períodos de tempo aprisionado por uma sensação de deficiência, impedido de realizar nossa inteligência intrínseca, vivacidade e amor. A maior bênção que podemos dar a nós mesmos é reconhecer a dor desse transe e regularmente oferecer uma chuva purificadora de autocompaixão aos nossos corações que estão despertando.

 

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Como a meditação da bondade amorosa fortalece a compaixão

Se você está familiarizado com a meditação, provavelmente já tentou uma prática básica da bondade amorosa. Envolve trazer à mente alguém que você ama e desejar que essa pessoa esteja segura, bem e feliz – em voz alta ou para você mesmo. A prática continua estendendo esses desejos de boa sorte àqueles ao seu redor: talvez uma parte mais neutra, ou mesmo uma pessoa difícil em sua vida.

Repetir essas frases parece bom no momento, mas elas também podem ter efeitos de longo prazo em nosso cérebro que permanecem conosco depois que terminamos de meditar. Daniel Goleman, autor de Primal Leadership: Unleashing the Power of Emotional Intelligence e co-autor de Altered Traits , explica como esse tipo de meditação pode impactar nossa mente e nossa perspectiva.

Goleman diz que as práticas de bondade amorosa fortalecem a compaixão e a preocupação empática: nossa capacidade de cuidar de outra pessoa e querer ajudá-la.

“Descobrimos, por exemplo, que as pessoas que fazem essa meditação que acabaram de começar a praticá-la realmente são mais gentis, têm maior probabilidade de ajudar alguém que precisa, são mais generosas e mais felizes”, explica Goleman. “Acontece que as áreas do cérebro que nos ajudam ou que nos fazem querer ajudar alguém de quem gostamos também se conectam com os circuitos para nos sentirmos bem. Portanto, é bom ser gentil e tudo isso aparece muito cedo em apenas algumas horas de prática total de amor bondade ou meditação de compaixão. ”

Existem três tipos diferentes de empatia, que são fortalecidos quando praticamos a bondade amorosa. Os dois tipos mais comuns de empatia são quando você entende a perspectiva de outra pessoa e quando você se conecta a ela emocionalmente; mas o tipo final e mais poderoso é a preocupação empática.

Prática de amor e bondade para iniciantes

Siga esta prática simples de bondade amorosa para abrir o coração e a mente a um maior senso de compaixão de Elisha Goldstein.

  1. Se você se sentir confortável , feche os olhos com cuidado ou direcione os olhos para o chão enquanto estiver sentado ou deitado.
  2. Comece com algumas respirações profundas. Verifique de onde você está começando este momento, fisicamente, emocionalmente, mentalmente.
  3. Considere uma pessoa em sua vida que é fácil de se preocupar. Este pode ser um bom amigo, um parceiro, talvez um animal. Imagine-os sentados à sua frente e olhando em seus olhos.
  4. Sinta o seu coração neste momento e diga com intenção a essa pessoa: “Que você seja feliz. Que você seja saudável de corpo e mente. Que você esteja seguro e protegido de danos internos e externos. Que você se livre do medo, do medo que o mantém preso. ”
  5. Novamente inspirando e expirando , reconectando-se com o coração.
  6. Agora incline seu coração e mente para si mesmo e diga a si mesmo: “Que eu seja feliz. Que eu seja saudável de corpo e mente. Que eu esteja seguro e protegido de danos internos e externos. Que eu possa me livrar do medo, do medo que me mantém preso. ”
  7. E agora respirando e expirando, e considerando uma pessoa em sua vida que você não conhece muito bem. Talvez o caixa do seu mercado local ou alguém do trabalho com quem você nunca falou.
  8. Conectando-se com o seu coração mais uma vez , e assim como você fez com a pessoa que está perto de você dizendo agora a ela: “Que vocês sejam felizes. Que você seja saudável de corpo e mente. Que você esteja seguro e protegido de danos internos e externos. Que você se livre do medo, do medo que o mantém preso. ”
  9. E inspirar e expirar, agora trazendo à mente alguém em sua vida com quem você teve dificuldade. Alguém com quem você está frustrado, irritado ou aborrecido.
  10. E imagine-os sentados aqui, olhando-os nos olhos e com a mesma intenção e cordialidade que você tinha pela pessoa de quem era fácil cuidar, agora dizendo a eles: “Que vocês sejam felizes. Que você seja saudável de corpo e mente. Que você esteja seguro e protegido de danos internos e externos. Que você se livre do medo, do medo que o mantém preso. ”
  11. E agora imaginando, expandindo esse senso de sinceridade e intenção por todo o mundo. Todos os países, todas as pessoas.
  12. Dizendo a eles: “Que vocês sejam felizes. Que você seja saudável de corpo e mente. Que você esteja seguro e protegido de danos internos e externos. Que você se livre do medo, do medo que o mantém preso. ”
  13. E inspirando e expirando, ao terminarmos esta prática, façamos suavemente outra verificação cuidadosa. Tenha uma noção de como você está se sentindo agora, sem qualquer julgamento. Que emoções estão presentes? Esta mente está ocupada ou calma?
  14. Talvez terminando agradecendo a si mesmo e a todas as pessoas que você incluiu nesta prática.
  15. E quando estiver pronto, abra suavemente os olhos.

 

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A diferença entre empatia e compaixão

O que é empatia?

Empatia é ser capaz de perceber os sentimentos dos outros (e reconhecer nossas próprias emoções), imaginar por que alguém pode estar se sentindo de determinada maneira e se preocupar com o bem-estar deles. Uma vez que a empatia é ativada, a ação compassiva é a resposta mais lógica. Muitos confundem empatia (sentir-se por alguém) com simpatia (sentir pena de alguém).

Empatia pode ser ensinada

Podemos achar difícil ter empatia por algumas pessoas. Mas isso não significa que não podemos fortalecer nossos músculos da empatia, de acordo com a psiquiatra e pesquisadora Helen Riess, autora do livro The Empathy Effect . Riess usa a sigla EMPATHY para descrever as etapas de seu programa:

E: Contato visual. Um nível apropriado de contato visual faz as pessoas se sentirem vistas e melhora a comunicação eficaz . Riess recomenda focar nos olhos de alguém por tempo suficiente para avaliar a cor dos olhos e certificar-se de que você esteja cara a cara ao se comunicar.

M: Músculos nas expressões faciais. Como humanos, muitas vezes imitamos automaticamente as expressões de outras pessoas, mesmo sem perceber. Ao sermos capazes de identificar os sentimentos de outra pessoa – geralmente por meio de padrões musculares faciais distintos – e espelhá-los, podemos ajudar a comunicar empatia.

P: Postura. Sentar em uma posição curvada pode indicar falta de interesse, desânimo ou tristeza; sentar-se ereto sinaliza respeito e confiança. Ao compreender o que as posturas comunicam, podemos assumir uma postura mais aberta – rosto para a frente, pernas e braços descruzados, inclinado para alguém – para encorajar uma comunicação mais aberta e confiança.

R: Afeto (ou emoções). Aprender a identificar o que o outro está sentindo e dar um nome pode nos ajudar a entender melhor seu comportamento ou a mensagem por trás de suas palavras.

T: Tom. “Como o tom de voz transmite mais de 38% do conteúdo emocional não-verbal daquilo que uma pessoa comunica, é uma chave vital para a empatia”, escreve Riess. Ela sugere combinar o volume e o tom da pessoa com quem você está falando e, geralmente, usar um tom suave para fazer alguém se sentir ouvido. No entanto, quando uma pessoa está comunicando indignação, moderar seu tom – em vez de corresponder ao dela – é mais apropriado.

H: Audição. Muitas vezes, não ouvimos verdadeiramente uns aos outros, possivelmente por causa de preconceitos ou simplesmente por estarmos muito distraídos e estressados. Ouvir com empatia significa fazer perguntas que ajudem as pessoas a expressar o que realmente está acontecendo e ouvir sem julgamento.

Y: Sua resposta. Riess não está falando sobre o que você vai dizer a seguir, mas como você se identifica com a pessoa com quem está falando. Estejamos ou não cientes disso, tendemos a nos sincronizar emocionalmente com as pessoas, e a forma como o fazemos desempenha um papel importante no quanto as compreendemos.

Como cuidar profundamente sem se queimar

Reprimir a empatia exagerada requer inteligência emocional; sua habilidade subjacente é a autoconsciência. Você sempre precisa estar preparado para explorar e atender às suas próprias necessidades. Sempre que sua empatia for despertada, considere isso como um sinal para chamar a atenção para seus próprios sentimentos. Faça uma pausa para verificar com você mesmo: o que estou sentindo agora? O que eu preciso agora?

  • Saiba a diferença entre empatia e compaixão. Empatia é nossa ressonância natural com as emoções dos outros, onde sentimos a dificuldade que alguém pode estar sentindo. A compaixão é uma das muitas respostas à empatia.
  • Perceba quando você está se sentindo sobrecarregado. É inevitável que todos nós passemos por um esgotamento. O importante é reconhecer o que está acontecendo e se mover em direção ao equilíbrio. A compaixão implica uma estabilidade de atenção e cuidado de uma maneira sábia e equilibrada – cuidar de si mesmo e dos outros.
  • Reconheça que você não pode mudar os outros. Compaixão também implica sabedoria e inteligência para saber que não cabe a você consertar o mundo para os outros. Você não pode funcionar se estiver apenas sentindo a dor dos outros o tempo todo. Há um equilíbrio que é crucial: você pode reconhecer a dor, pode querer ajudar, mas precisa reconhecer que não pode mudar a experiência do mundo de outras pessoas. Esse é o desapego. Dan Harris explica desta forma: “Meu pai diz que a coisa mais difícil sobre ter filhos é deixá-los cometer seus próprios erros. Isso é compaixão com equanimidade. ”

 

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Como cultivar compaixão todos os dias

Como Ser Mais Compassivo no Trabalho

Você já teve medo de trabalhar porque as pessoas ao seu redor estavam em uma espiral negativa de energia? Somos seres emocionais e não podemos evitar ser afetados pelas variações de humor e pelas interações que temos com os outros. A vida está sempre mudando e essa mudança constante pode criar pensamentos e emoções difíceis, que podem fluir para o ambiente de trabalho. O lado bom é que, se pudermos enfrentar o sofrimento no trabalho com preocupação e cuidado, a compaixão surge naturalmente. Ambientes de trabalho que cultivam a compaixão criam um local de trabalho muito mais positivo e produtivo.

Compaixão no local de trabalho:

  • Preste mais atenção ao bem-estar psicológico de seus colegas de trabalho . Por exemplo: Se um funcionário sofreu uma perda, como um divórcio ou morte na família, alguém deve entrar em contato com esse funcionário dentro de 24-48 horas e oferecer ajuda. Um estudo em 2012 demonstrou que as pessoas que agem com compaixão são percebidas com mais força como líderes e que a inteligência percebida (ou seja, quão inteligente e bem informada a pessoa é) constrói uma ponte sobre a relação entre compaixão e liderança.
  • Incentive e mostre um contato mais positivo entre os funcionários.  Em muitos locais de trabalho onde eu consulto, existem espaços de reunião que podem ser utilizados para grupos e encontros informais. Os grupos planejados podem ser incentivados semanalmente ou mensalmente e permitir mais oportunidades de perceber quando alguém precisa de ajuda ou apoio e, então, oferecê-lo.
  • Convide mais autenticidade e comunicação aberta no local de trabalho . Se pudermos manter as linhas de comunicação abertas com respeito e gentileza, reservamos tempo para conversar sobre o que pode precisar de atenção e / ou conexão empática.
  • Assuma a perspectiva da outra pessoa.  Em outras palavras, essa pessoa é “igual a mim”. Isso também é conhecido como “empatia cognitiva”, ou simplesmente saber como a outra pessoa se sente e o que ela pode estar pensando. Esse tipo de empatia pode ajudar a negociar ou motivar as pessoas a se esforçarem ao máximo.
  • Comece com autocompaixão.  Para realmente ter compaixão pelos outros, devemos ter compaixão por nós mesmos.

Como ser mais compassivo por e-mail

Enviar e-mail é quase como uma conversa, mas sem os sinais emocionais e as pistas sociais das interações face a face. Se houver algum conteúdo desafiador para transmitir – e se você estiver enviando um e-mail para mais de uma pessoa – é fácil que surjam problemas. Veja como você pode se comunicar com mais consideração e compaixão por e-mail.

  1. Mantê-lo curto e doce. Usar menos palavras geralmente leva a mais clareza e maior impacto. Sua mensagem pode se perder facilmente na confusão, então mantenha a simplicidade.
  2. Pergunte a si mesmo – devo dizer isso pessoalmente? Algumas mensagens são muito delicadas, cheias de nuances ou complexas para serem tratadas por e-mail. Você pode ter que entregar a mensagem em um telefonema, onde você pode ler dicas e dar e receber. Em seguida, você pode acompanhar com uma mensagem que reitera o que saiu da conversa.
  3. Observe seu tom. Se houver conteúdo emocional, preste muita atenção em como o formato das palavras pode criar um tom. Se você tem frases curtas, por exemplo, pode soar como se você estivesse sendo rude e zangado.
  4. Considere seu papel. Se houver uma dinâmica de poder (por exemplo, você está escrevendo para alguém que trabalha para você ou que se reporta a você), é necessário levar em consideração como isso afeta a mensagem. Uma sugestão vinda de um superior em um e-mail pode facilmente soar como um pedido.

Uma prática de e-mail consciente

  1. Comece escrevendo um e-mail como de costume. Tente usar mais a tecla Enter. Parágrafos mais curtos são mais fáceis de ler nas telas.
  2. Em seguida, pare e inspire profundamente. Coloque as mãos na sua frente e mexa os dedos para dar um descanso. Agora, enrole os dedos e coloque-os atrás da cabeça. Incline-se para trás e descanse um pouco o pescoço. Agora você está em uma boa posição para a próxima etapa.
  3. Pense na pessoa ou pessoas que vão receber a mensagem. Como eles estão reagindo? Como você quer que eles reajam? Eles entendem o que você está dizendo? Você deve simplificar um pouco? Eles podem entendê-lo mal e ficar com raiva ou ofendido, ou pensar que você está sendo mais positivo do que pretende quando está tentando dizer não ou oferecer um feedback honesto?
  4. Verifique o e-mail novamente e faça algumas alterações, se necessário. Observe quaisquer erros ortográficos ou gramaticais que você possa ter perdido na primeira vez.
  5. Não envie seu e-mail imediatamente . Se não for urgente, deixe um rascunho, escreva outras mensagens ou faça outra coisa e depois volte ao assunto.
  6. Dê uma última olhada e pressione enviar.

Como ser mais compassivo quando falamos

Trazer consciência, ou  atenção plena , para a maneira como nos comunicamos com os outros tem aplicações práticas e profundas. Durante uma importante reunião de negócios ou no meio de uma discussão dolorosa com nosso parceiro, podemos nos treinar para reconhecer quando o canal de comunicação foi fechado. Podemos treinar para permanecer em silêncio em vez de deixar escapar algo de que nos arrependeremos mais tarde. Podemos perceber quando estamos exagerando e precisamos dar um tempo.

Começamos a praticar a comunicação consciente  simplesmente prestando atenção  em como nos abrimos quando nos sentimos emocionalmente seguros e como nos fechamos quando sentimos medo. Apenas perceber esses padrões sem julgá-los já começa a cultivar a atenção plena em nossas comunicações. Perceber como abrimos e fechamos nos coloca em maior controle de nossas conversas.

Praticar a comunicação consciente muitas vezes nos deixa cara a cara com nossas ansiedades sobre os relacionamentos. Essas ansiedades estão enraizadas em medos muito mais profundos e centrais sobre nós mesmos, sobre nosso valor como seres humanos. Se estivermos dispostos a nos relacionar com esses medos essenciais, cada um de nossos relacionamentos pode ser transformado em um caminho de autodescoberta. O simples fato de estar atento aos nossos padrões de conversação abertos e fechados aumentará nossa consciência e percepção. Começamos a notar o efeito que nosso estilo de comunicação tem nas outras pessoas. Começamos a ver que nossa atitude em relação a uma pessoa pode nos cegar para quem ela realmente é.

Como é a escuta compassiva?

1. O primeiro passo é “ouvir com todo o corpo”. Isso significa literalmente sintonizar-se com a pessoa que está falando.

A linguagem corporal “compassiva” inclui:

  • Virando-se para o alto-falante, não apenas com a cabeça, mas posicionando todo o seu corpo de frente para o alto-falante.
  • Linguagem corporal aberta, como braços e pernas não cruzados (e certamente sem distrações, como um telefone celular, em suas mãos!).
  • Sinais de “aproximação”, como aprender em direção a, sem se afastar do alto-falante. Isso contraria nosso instinto usual de “evitar” ou afastar-se do sofrimento, mesmo no nível sutil da linguagem corporal.

Em estudos anteriores, as pessoas que sentiam altos níveis de compaixão mudaram espontaneamente para essa postura. Apenas assumir essa linguagem corporal pode tornar mais fácil fazer uma conexão compassiva com alguém.

2. A próxima etapa é chamada de “contato visual suave”. Quando se trata de ouvir, o contato visual geralmente é melhor do que evitar o contato visual. Mas o contato visual mais favorável e confortável não é olhar profundamente nos olhos de uma pessoa, ou olhá-los fixamente sem interromper o contato visual. Em vez disso, é um foco suave no triângulo criado pelos olhos e pela boca de uma pessoa. Isso permite que você observe todas as expressões faciais do locutor. Também inclui interrupções ocasionais no contato visual para reduzir o que pode ser uma intensidade desconfortável.

3. A última etapa é oferecer “gestos de conexão”. Esses gestos permitem que a pessoa saiba que você está se sentindo conectado com o que ela está dizendo. Os gestos de conexão mais adequados são sorrisos e acenos de cabeça, sem interromper o locutor. Gestos de conexão incentivam o locutor a continuar e, muitas vezes, se sente mais solidário do que quando o ouvinte entra verbalmente para fazer comentários. Quando apropriado, o toque é um gesto de conexão ainda mais poderoso. Pesquisas anteriores mostraram que as pessoas podem reconhecer mais facilmente a compaixão por meio do toque – como uma mão reconfortante em seu ombro – do que por meio da voz ou de expressões faciais.

Como adicionar uma dose saudável de autocompaixão às suas refeições

A falta de autocompaixão fecha a porta para aprendermos sobre nossos hábitos, padrões, gatilhos e necessidades quando se trata de comida. Ao adotar uma atitude de perdão e curiosidade, você pode promover um relacionamento saudável entre a alimentação e a alimentação e você mesmo, o que pode abrir as portas para uma saúde e felicidade melhores.

1. Desista do pensamento preto e branco.

Abrace o fato de que uma alimentação saudável é flexível e pode incluir uma grande variedade de alimentos, alguns dos quais são mais ricos do que outros, como uma pizza. E às vezes a escolha mais saudável pode ser a escolha mais rica.

Por exemplo, qual seria a escolha mais saudável em uma festa: Pizza ou salada? A salada só é mais saudável se você realmente quiser. Caso contrário, você pode se sentir privado e acabar comendo demais mais tarde. Apreciar a pizza com atenção, como parte de uma celebração, permite os muitos papéis que a comida desempenha em nossas vidas. Muitas vezes podemos acabar nos sentindo satisfeitos com menos quando isso acontece.

2. Tome consciência de como você fala consigo mesmo ao comer.

Começa a correr na sua cabeça uma fita que o adverte a não comer muito ou a não comer certos tipos de alimentos? Ou que você é um fracasso se o fizer? Escreva o que você diz a si mesmo.

3. Escreva respostas amáveis ​​ao seu crítico interno.

Tenha respostas prontamente disponíveis que você possa “ativar” quando ouvir que está começando a trilhar o caminho familiar do diálogo interno negativo.

4. Pratique essas respostas gentis para si mesmo.

Toda vez que você se ouvir falando negativamente sobre o que está comendo, reserve um momento para ser gentil consigo mesmo. Tente carregar um pequeno caderno com suas novas mensagens para consultar. Lembre-se de que a primeira vez que você faz algo diferente é a mais difícil. Cada vez que você faz isso depois disso, fica mais fácil.

como manter a calma

A arte de se manter calmo

Poucas habilidades são tão importantes e ao mesmo tempo tão negligenciadas quanto a capacidade de manter a calma. Quase sempre, nossas piores decisões são tomadas em momentos em que perdemos a calma e nos deixamos dominar pela ansiedade e a agitação. Felizmente, nosso poder de permanecer calmos pode ser exercitado e aperfeiçoado. Não precisamos aceitar o estado atual das coisas: nossas reações diante dos desafios do dia a dia podem ser radicalmente transformadas. E para nos educarmos na arte de manter a calma, não precisamos de técnicas respiratórias nem de chás especiais – mas apenas do pensamento.
A calma tem um encanto profundo e natural. Quase todo mundo quer ser mais paciente, sereno, relaxado e capaz de reagir com discreto bom humor aos contratempos da vida e ao que nos causa irritação.

Mas costumamos ter apenas uma vaga ideia do que fazer para ter mais calma. Enquanto isso, a ansiedade está dia e noite à nossa espreita, tamborilando quase o tempo todo em segundo plano. Ela pode estar conosco agora mesmo.

Mas há outra abordagem que interpreta nossas preocupações como sinais neuroticamente distorcidos porém fundamentais do que talvez esteja errado na nossa vida. Segundo essa visão, a questão não é tentar negar ou neutralizar a ansiedade, mas aprender a interpretá-la, decodificando algumas informações valiosas que nossos momentos de pânico estão tentando nos transmitir de uma maneira reconhecidamente infeliz.

Toda situação em que perdemos a calma pode ser analisada e nos revelar algo que deveríamos saber sobre nós mesmos. Cada preocupação, frustração, episódio de impaciência ou ataque de irritação tem algo de importante a nos dizer – desde que estejamos dispostos a decodifica-lo.
É possível também encontrar um tipo de tranquilidade em um lugar muito inesperado: o pessimismo.

O otimismo ensolarado tem seus limites, porque, quando as coisas dão errado (e darão), estamos tristemente despreparados, como uma criancinha cujo sorvete acabou de cair no chão.

Em vez disso, precisamos mudar nossa forma de olhar para o mundo. Para isso, precisamos voltar a um grupo de filósofos romanos chamados “estoicos”, especialmente para um chamado Lucius Annaeus Seneca – ou Sêneca, como é mais conhecido.

Sêneca não dizia que deveríamos desistir de aproveitar o momento ou mudar o mundo – muito pelo contrário. Ele amava a vida e teve muito sucesso. O que ele disse foi que deveríamos entender que sucesso e fracasso são resultados bastante aleatórios, que temos muito menos controle sobre um deles do que achamos, e que, em vez de presumir que tudo correrá bem, deveríamos nos preparar psicologicamente para as coisas darem errado.

Para tal, Sêneca propôs que devêssemos começar cada dia com o que chamava de premeditatio, ou premeditação, na qual pensamos em tudo o que poderá dar errado. A ideia não era cair em desespero sobre o dia, mas entender que, mesmo se todos os eventos terríveis que imaginamos acontecessem – ser demitidos, humilhados, ter uma discussão horrível –, ainda sobreviveríamos. Pode ser doloroso, mas ainda estaríamos aqui e encontraríamos um jeito de seguir em frente, com muito menos ansiedade.

O que é não-violência (AHIMSA)?

É mesmo possível agir com empatia e amor em todas as ocasiões, tanto com nós mesmos quanto com todos os seres vivos? É mito ou verdade? Como modificar as nossas atitudes para modificar o mundo ao nosso redor?

É POSSÍVEL SIM, e hoje vou falar sobre não-violência, essa poderosa ferramenta muda a nossa realidade interior e exterior. E mais, essa ferramenta pode simplesmente mudar o mundo como o conhecemos.

A não-violência nos incentiva a agir de acordo com a nossa essência, de acordo com as reais necessidades que estão em nossos corações, com amor próprio e ao próximo sempre.

A Origem da Não-Violência

A expressão NÃO-VIOLÊNCIA tem sua origem do Sânscrito da palavra AHIMSA que é o primeiro passo no código de conduta do Yoga, ahimsa está dentro das Yamas, que são as práticas nobres que a filosofia do Yoga nos ensina para aplicarmos em nossas vidas.

Ahimsa não está apenas em nossos atos, mas também em nossos pensamentos e palavras. A maioria das pessoas deve pensar: “Bom, eu não sou violento, eu não bato em ninguém”, mas a violência vai muito além dos atos físicos, atitudes sarcásticas, julgadoras, debochadas, rotulações são todas ações agressivas.

Satya Sai Baba, um grande mestre expositor da educação para a paz indiano falava que às vezes um empurrão, um tapa dado por uma pessoa é mais fácil de esquecer do que uma agressão verbal. Assim, a não-violência precisa estar em nossos pensamentos, palavras e ações, pois estão todos interligados.

Lembrando que a não-violência é aplicada em nossas relações com os outros seres vivos, assim como também com nós mesmos. Buda já dizia que: “Você, o seu ser, tanto quanto qualquer pessoa em todo o universo, merece o seu amor e sua afeição.”

O que é a Não-Violência?

Os maiores expositores da Não-Violência foram Mahatma Gandhi e Leon Tolstói, dentre vários outros.

Leon Tolstói foi um grande escritor russo que influenciou diretamente na expansão da filosofia da não-violência, suas obras mais famosas são “Guerra e Paz “e “O Reino de Deus está em Vós”. Tolstói defendia que as pessoas deveriam seguir os ensinamentos de Jesus, através do amor, da paz, da compaixão, do respeito, e para isso era preciso extinguir toda forma de violência.

Mahatma Gandhi foi um advogado indiano que agiu corajosamente com o movimento de resistência não-violenta na época em que a Índia era de domínio da Inglaterra. Gandhi e Tolstói se comunicavam e trocavam ideias sobre essa filosofia positiva.

Além das influências de Tolstói, Gandhi se baseou nos princípios no Jainismo, conhecendo o Ahimsa, que é o princípio de não causar mal aos outros nem a si mesmo.

O princípio da não-violência não tem nada haver com apanhar calado, nem ficar parado diante de uma situação conflituosa.

Movimento mais conhecido sobre Não-Violência

Um dos movimentos mais conhecidos de ahimsa, aconteceu com Gandhi, em 1930, e ficou conhecida como a “Marcha do Sal”, quando a Inglaterra monopolizava tecidos e sal da Índia. Os indianos eram proibidos de produzir o seu próprio sal, então eles decidiram que esse seriam o símbolo de sua estratégia, a Satyagraha, palavra de origem sânscrita que significa: Satya: verdade e Agraha: firmeza.

Para Gandhi, Satyagraha era se opor completamente à violência e à injustiça, mesmo que isso significasse desobedecer a lei. Gandhi antes de inciar a marcha, primeiramente tentou convencer o vice-rei sobre a injustiça da lei do sal, porém sem sucesso.

Assim, teve início a marcha do sal, Gandhi foi apoiado por milhares de indianos e vários jornalistas internacionais. Gandhi foi preso e isso gerou muita comoção e protestos entre seus seguidores. Gandhi saiu da cadeia, mas a lei do sal continuou. Acontece que toda essa movimentação foi decisiva para a libertação da Índia 16 anos mais tarde.

Na época de sua morte, ao levar o tiro, Gandhi sorriu e fez um sinal de perdão com a mão pedindo a Deus perdão pelo seu assassino. O grande sábio indiano Paramahansa Yogananda, em seu livro Jornada para a Autorrealização assim falou sobre essa grande alma:

“Nunca um líder político ou religioso foi tão honrado na morte como Gandhi. Ele é até mais poderoso hoje do que quando estava vivo. Ele manteve o poder e exemplificou seus ensinamentos até o fim. Uma semana só antes de sua morte, foi alvo de uma bomba que quase o acertou, mas ele pediu a seus seguidores que não fossem severos com os traidores! Disse que Deus ainda o conservava ali para trabalhar um pouco mais e que quando terminasse o trabalho Ele o levaria.

Na véspera de morrer, disse à sobrinha-neta: “Abha, Abha, traga as cartas importantes. Eu as assinarei. Amanhã pode ser tarde demais.” Ele sabia que tinha chegado a sua hora. Assim é Gandhi, que libertou a Índia, que agiu com não-violência perante todos os políticos obstinados e provou que seu método era eficaz. Mahatma Gandhi era de Deus. Talvez não tenha sido tão grandioso quanto Cristo ou os mestres que conheci, mas ele conhecia Deus. Quando recebeu o tiro, estava com um sorriso nos lábios e fez um sinal de perdão com a mão. Com aquele gesto Gandhi pedia ao Pai o perdão para o seu assassino. Isso foi tão inspirador quanto as palavras de Jesus na cruz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”.

Martin Luther King, um dos muitos defensores da não-violência, na época da morte de Gandhi, falou: “Aqui está um homem da não-violência morrendo nas mãos de um homem de violência. Aqui está um homem do amor morrendo nas mãos de um homem de ódio. É assim o curso da história, mas o homem que atirou em Gandhi, na verdade o atirou nos corações da humanidade.”

A Não-Violência se inicia em nós mesmos

Você pode pensar que não é violento por nunca ter agredido ninguém ou coisas do tipo, mas será mesmo? Será que você não costuma falar palavras ríspidas para os outros? Será que você não direciona pensamentos negativos para alguém ou alguma situação? Será que você não tem um comportamento destrutivo diante de suas dificuldades?

Você sabia que a violência não se expressa apenas por atos físicos agressivos? A violência passiva está diretamente ligada ao sofrimento emocional, e atitudes que estão presentes no dia a dia, como sarcasmo, menosprezo, ironia, deboche são algumas que exemplificam isso.

Pense bem, você gosta de ser tratado com as atitudes que falei acima? Não, claro que não, ninguém gosta e nem merece isso. Porém, não percebemos que podemos fazer isso com mais frequência do que imaginamos, como se fosse algo normal.

Quando somos tratados assim ficamos tristes, magoados, com raiva. Mas espere aí? Você também não age assim? Então está recebendo apenas o que emitiu. A reflexão gente é que a mudança de comportamento deve começar em nosso interior primeiramente, como o sábio Mahatma Gandhi falava: “Seja a mudança que você quer ver no mundo”.

Entenda que a mudança começa por você. Se nós queremos um mundo com mais AMOR e PAZ, temos que fazer a nossa parte, afinal, estamos todos interconectados.

Quando as pessoas percebem a nossa mudança elas acabam mudando sua forma de comportamento também, na maioria dos casos.

É importante termos noção de como a vida é SAGRADA, de quão grande é o seu valor, e se pudermos conviver todos em paz, imagine só? Seria MARAVILHOSO.

Como praticar a Não-Violência?

O primeiro passo é identificar o comportamento destrutivo aonde quer que ele esteja. Aprender a identificar emoções e reações é muito importante, se autoanalisar e avaliar outros.

Muitas vezes fechamos os olhos para as nossas próprias sombras e isso é algo que precisamos desenvolver. Reflita: “Aonde eu sou destrutivo em pensamentos, atitudes e palavras comigo mesmo e com os outros? Como que eu me prejudico ou prejudico os outros tanto consciente como inconscientemente?

Quando fazemos essa análise passamos a perceber o quanto de violência nós cultivamos em nosso interior e ao nosso redor, seja por aquilo que estamos conectados, aquilo que estamos lendo, assistindo, ouvindo, direta ou indiretamente, o que pensamos e como agimos, em geral, tudo o que estamos vivendo.

Quando nos abrimos para tratar os outros e a nós mesmos com amor e compreensão, agimos de acordo com a nossa essência. Quando conseguimos expressar as nossas reais necessidades e entender as do próximo ficamos mais equilibrados e nos tornamos mais felizes, saudáveis e calmos.

A não-violência é uma prática contínua. Se pararmos para analisar, hoje, mais do que nunca, o mundo precisa da NÃO-VIOLÊNCIA. O Mundo anda muito violento, tanto em palavras, como em ações em todos os sentidos, no trabalho, no trânsito, nas relações pessoais, em termos globais, as pessoas já não se entendem, e isso gera muitos desafios e desconexões.

“Olho por olho, e o mundo acabará cego.” – Mahatma Gandhi.

Não espere mudanças drásticas da noite para o dia, tente praticar a cada dia e assim colherá os resultados positivos, os hábitos levam tempo. Se você mantiver uma forte intenção e paciência com amor tudo vai correr bem.

“A não-violência não existe se apenas amamos aqueles que nos amam. Só há não-violência quando amamos aqueles que nos odeiam.” – Mahatma Gandhi.

Você já ouviu falar sobre a comunicação não violenta? Aperte o link abaixo e conheça essa poderosa ferramenta capaz de transformar conflitos https://universoempatico.com.br/o-que-e-comunicacao-nao-violenta/

Como fazer amizade com o que você está sentindo

Sinta-se bem agora! O caminho para mais leveza e bem-estar.

A vida tem aqueles momentos onde de repente nos encontramos extremamente confusos e desanimados. Nossos pensamentos estressados se emaranham de tal forma que temos dificuldade de enxergar o que estamos fazendo ali, como chegamos nesse ponto e como sair dele.

A cabeça parece não conseguir traçar o caminho de volta para o equilíbrio e os pensamentos se acumulam como uma pilha de roupa que após algum tempo te impede de ver a cadeira que está por baixo. E olhar para isso dessa forma só traz mais forte o sentimento de cansaço e frustração.

Quando esse nível de bagunça interior se instala é desafiador achar uma saída acolhedora, porque por vezes não sabemos nem ao menos a origem dessa desordem.

Quais sentimentos nos trouxeram aqui? Por que esses sentimentos surgiram em primeiro lugar? E principalmente, existe uma maneira de achar equilíbrio e bem-estar em meio a tudo isso?

No mundo onde vivemos é realmente complicado achar tempo para se cuidar. Sempre existe uma urgência, um horário, uma entrega, algo a ser cumprido e com prazos cada vez mais apertados. O mundo tecnológico das facilidades que tanto nos “aproximam”, mas que potencialmente nos afastam de nós mesmos.

Mas de novo nos perguntamos, como nos achar no meio disso? Como achar o bem-estar e equilíbrio?

Talvez seja hora de parar e olhar verdadeiramente para os seus sentimentos. E sim, eu sei que muitas vezes é desafiador simplesmente parar o que estamos fazendo para dar aquela olhada com mais cuidado para o que realmente se passa dentro das nossas cabeças.

Mas o que isso pode estar te trazendo de ruim que você nem percebe?

O que poderia te trazer de bom que você nem imagina?

Será que é possível ter mais qualidade de vida apenas escutando seus sentimentos?

Se você está buscando se sentir melhor e se conectar com você mesmo acompanhe esse artigo e entenda mais sobre os benefícios que essa presença de você com você mesmo pode te trazer!

Como começar: um passo definitivo de bem-estar

É compreensível que nos dias de hoje tirar um tempo para você possa parecer impossível. Tudo é muito rápido, muito dinâmico, prazos para ontem e a constante pressa de alcançar os objetivos o mais rápido possível. E quando isso tudo diminui, talvez ao final do dia, você já esteja tão cansado que é muito mais fácil só ver algum filme ou ficar rolando o feed das redes sociais até que seja hora de dormir.

Mas estar atento aos sentimentos é uma oportunidade incrível de olhar para si mesmo. Saber o que você gosta ou não gosta, o que faz sentido e o que não faz. Isso permite com que sejamos mais verdadeiros e consequentemente abre espaço para que nossas decisões estejam mais alinhadas com quem somos. E isso definitivamente aumenta as chances de bem estar e felicidade.

Além disso, ignorar um sentimento e uma necessidade por muito tempo pode fazer isso surgir de forma mais brusca e desagradável, em doenças psicossomáticas, por exemplo. Essas reações são basicamente nosso corpo falando um pouco mais alto alguma coisa que não estávamos ouvindo direito. E quanto mais alto ele fala mais desconforto temos que lidar.

Então é hora da decisão, como você quer se sentir todos os dias?

Se relacionando com você mesmo

O primeiro passo para sair desse looping mecânico onde nos afastamos cada dia mais da nossa essência é a decisão e junto com essa decisão vem a autoanálise. Tire um momento para olhar para dentro com mais cuidado e carinho. Como você se relaciona com você mesmo? Você se dá tempo para entender o que os sentimentos significam para você? ou o que está por traz deles?

Então antes de tudo, para começar é preciso identificar os sentimentos, nomeá-los. Perceba em quais momentos surgem determinados pensamentos e sensações, com qual frequência eles aparecem e a intensidade deles. Para isso a presença é essencial, mesmo que sejam apenas alguns segundos, mas o bastante para reconhecer a existência daquele sentimento ali.

Uma ajuda nesse início é anotar os gatilhos e o que surge com eles durante o dia. Isso pode ajudar a trazer essa visão mais ampla da gama de sentimentos que experienciamos e muitas vezes nem notamos.

Pode ser estranho e até incômodo olhar para isso a princípio, como uma leitura crua da nossa mente. Essa lista de sentimentos que agora temos uma ideia mais clara que experienciamos pode despertar vergonha, raiva, tristeza. E é exatamente aí que fica a parte mais valiosa e relevante para alcançarmos bem-estar com o reconhecimento dos nossos sentimentos e necessidades, o não julgamento, de quem somos e do nosso reflexo que são os sentimentos.

Fazendo as pazes com seus sentimentos

Nessa fase entender o que está por trás de um sentimento pode ser extremamente valioso para enxergar a humanidade em si mesmo e consequentemente se relacionar consigo com mais acolhimento e amor. Todos buscamos princípios parecidos, por mais que optemos por formas diferentes de demonstrar isso e é exatamente isso que nos aproxima. É nossa humanidade compartilhada.

Respeito é importante para muita gente e talvez por isso a pessoa que fura a fila na sua frente desperte tanta raiva, porque esse princípio não foi cuidado nesse momento. Então o foco aqui seria ir além da raiva e achar o que te conecta com todos os outros humanos, porque isso é uma expressão do seu verdadeiro eu. Nesse caso seria respeito, mas sempre há uma busca muito humana por trás dos sentimentos. Seja por consideração, segurança, autonomia etc. Coisas que são importantes para todos.

É imprescindível não julgar nossos próprios sentimentos, porque são eles que exatamente nos levam para esse princípio que está mais no fundo, que nos conecta conosco e com os outros. Eles nos mostram partes importantes de nós mesmos. São como fumaça para o fogo. O fogo somos nós, nossa essência e a fumaça são os sentimentos, ela é visível e provavelmente a avistamos primeiro e a partir dela somos guiados para sua origem, que é o fogo.

Acolher tudo o que surge (nossos sentimentos) como parte do todo que faz de nós quem somos é um caminho e uma escolha que traz mais leveza para a vida. Além disso existe grande força em acolher todas essas partes de nós, é como um deque de cartas que faz jogos melhores quando está mais completo, tem mais opções. Então note que aqui também estão inclusas até mesmo as sensações mais densas que podem surgir, como a angústia, a raiva e a tristeza.

Por mais estranho que possa parecer “aceitar” esses sentimentos densos é importante ouvir o que eles nos trazem. Lembrando sempre que permitir ouvir o sentimento não quer dizer que você seja esse sentimento, apenas que está dando espaço para ele mostrar o que veio mostrar, como um amigo.

Imagine como se você estivesse sentado num banco onde os sentimentos que surgem se sentam ao seu lado e conversam com você. Se existe algum sentimento que estamos evitando, quanto mais fugimos e mudamos de banco mais ele nos persegue e aparece em momentos aleatórios nos surpreendendo e falando cada vez mais alto. É muito mais fácil permitir que ele se sente, fale o que veio falar e vá embora quando for a hora certa.

Entender, aceitar e acolher nossos sentimentos nos aproxima cada vez mais de nós mesmos, traz leveza para as decisões, nos permite ter melhores relacionamento e nos ajuda a desenvolver a inteligência emocional necessária para viver de forma leve e equilibrada todos os dias.

como desenvolver empatia

Como desenvolver empatia – 16 Técnicas para uso diário

Uma das expressões que mais se faz necessária em seu entendimento hoje em dia é “EMPATIA”, e ela vem ganhando cada vez mais espaço. Líderes empresariais, políticos, professores, cientistas.. todos estão falando sobre isso. Mas você sabe o que é empatia?

Acompanhe esse artigo até o final que irei te explicar o que significa e ainda te ensinarei técnicas para desenvolver essa maravilhosa prática no dia-a-dia.

Você tem empatia?

Ter empatia é enxergar com o ponto de vista do próximo, é a habilidade de se colocar no lugar do outro e entender os seus problemas, necessidades, sentimentos. A prática ajuda na melhora de nossa qualidade de vida, aprendemos a escutar e compreender melhor e ainda relativizamos o nosso “eu” em prol do outro.

A empatia nos traz inúmeros benefícios, na família, com os amigos, com desconhecidos, com o companheiro(a), no trabalho, em todos os lugares e situações.

É bem simples nos colocarmos no lugar do outro, essa prática é extremamente benéfica quando entendemos e agimos de forma correspondente a ela, isso contribui de forma grandiosa em nosso autodesenvolvimento.

É necessário estarmos atentos aos pequenos detalhes, sempre podemos aperfeiçoar nossa capacidade de compreensão do próximo. Se todos praticassem a empatia e se perguntassem com mais frequência “e se fosse comigo?”, certamente o mundo seria um lugar bem melhor.

A empatia é essencial para o bom funcionamento das relações na sociedade, assim como para nossa vida pessoal e profissional. Mas sabemos que nem sempre é fácil reconhecer, entender e aceitar as diferenças e os sentimentos alheios.

Para criarmos sintonia com alguém, temos que analisar aquela pessoa a agir de tal forma, interpretando os seus sentimentos, vez que na maior parte das vezes, essa comunicação se dá de maneira não-verbal, ou seja, muitas vezes as pessoas emitem sinais do que querem. Portanto, se faz necessário essa percepção no que diz respeito a postura, gestos, tom de voz, entre outros fatores.

Porém, antes de partir para essa prática, é importante que você compreenda a si mesmo. A jornada do autoconhecimento é fundamental para quem deseja praticar a empatia. Quanto mais conscientes estamos de nossas ações e emoções, mais fácil se torna o entendimento do ponto de vista do outro, sendo improvável que haja algum julgamento de nossa parte.

O autor da obra Empatia, Roman Krznaric, define a expressão da seguinte forma: “A identificação psicológica com a experiência empírica e psicológica dos sentimentos, pensamentos ou atitudes do outro”, e ainda diferencia o termo empatia e simpatia: “A simpatia é sentir um tipo de afinidade com alguém, mas  sem esse passo extra de compreender o que essa pessoa está passando ou como está vivenciando o mundo”.

o que é empatia

Técnicas para desenvolver a empatia no dia a dia

 

  1. Autoconhecimento 

Esse ponto é extremamente importante no caminho da empatia. Lembre-se que cada pessoa é um universo diferente, portanto se empenhe em conhecer e desenvolver os seus pontos fortes, aprenda a prestar atenção e reconhecer seus sentimentos quando surgem e interprete-os. Para entender o próximo, você precisa entender primeiro a si mesmo, entendendo a si próprio não correrá o risco de achar que os outros tem os mesmos pensamentos, motivações, comportamentos e valores que você. 

  1. Sorria

Faça dessa maravilhosa prática um hábito. Um sorriso transmite harmonia, confiança e simpatia. A leveza e a abertura que um sorriso verdadeiro proporciona são capazes de acalmar até mesmo uma pessoa que esteja altamente enraivecido.

  1. Vivencie as principais diferenças entre as pessoas

Pessoas com pouca ou quase nada de habilidade empática podem ter uma consciência dessas diferenças entre os problemas nas vidas dos outros, porém, é muito mais efetivo quando realmente experenciamos essas diferenças, quando cabíveis claro, como por ex: trabalhar viajando para ambientes multiculturais, assim você expande muito a sua visão de como o outro pensa, age e sente.

  1. Converse com empatia

Quando você for conversar com alguém ou vierem falar com você a respeito de algo, demonstre que está compreendendo o que está sendo repassado, utilize expressões como: “eu te entendo”, “sei que você tem total capacidade de resolver isso”, “imagino como deve ser difícil”, “seja forte”, entre outras do mesmo gênero e claro, que se adeque a conversa em pauta.

  1. Não julgue

As pessoas que mais julgam são as que menos tem conhecimento de si. Evite olhar para o outro com base em suas próprias opiniões, valores e sentimentos. Entenda a situação como ela realmente é. Fique alerta para não rotular o próximo, busque compreendê-lo para saber o que o incomoda. 

  1. Pare para entender o problema alheio 

Antes de qualquer coisa, escute bem a pessoa que se aproxima de você para compartilhar sobre alguma ocorrência, aguarde ela acabar e depois a console, aconselhe ou fale de seus problemas, para exemplificar se for o caso, mas claro, sem minimizar a situação pela qual a pessoa está passando, demonstre que você se solidariza com o problema dela. 

  1. Identifique seus próprios sentimentos

Muitas pessoas têm um bloqueio quando se trata de reconhecer os próprios sentimentos, uma autoanálise é muito eficaz nesse momento. Saiba diferenciar os seus sentimentos de seus pensamentos racionais, e ainda, aprenda a distinguir emoções parecidas, como por ex: felicidade de excitação, irritabilidade de frustração. Isso é um problema sério, que deve ser encarado com uma vigília e compreensão diárias das nossas emoções e dos sentimentos do próximo.

  1. Aprenda a ouvir com atenção

Por determinado momento, silencie os seus pensamentos e esqueça os seus afazeres, quando for conversar com alguém esteja presente de corpo e alma. Escute com atenção o que lhe for transmitido, preste atenção na linguagem corporal emitida, nos gestos, respiração, postura, expressões. Ninguém gosta de ser interrompido o tempo todo em uma conversa, respeite o momento de fala do outro e aguarde a sua hora de falar.

 

  1. Seja gentil se não puder dar atenção no momento

Sabemos que nossas responsabilidades nem sempre nos deixam livres para nos dedicarmos ao próximo. Quando você estiver sem tempo para ouvir, ou mesmo estiver sem condições de ajudá-la naquele instante, expresse isso de forma cordial e delicada, assegurando à pessoa que vai separar um tempo para ouvi-la e ajuda-la com mais atenção. A pessoa se sentirá tão grata por esse simples gesto, que irá agir com plena compreensão.

  1. Evite demonstrar tédio, cansaço ou pressa

Se alguma pessoa parar para conversar com você, demonstre interesse genuíno e fique atento para não cair no hábito da correria diária, mesmo sem querer, pois assim irá passar uma imagem ruim de quem não quer ouvi-la, se realmente não puder falar, seja sincero e explique de forma cortês.

  1. Pergunte a outras pessoas o seu ponto de vista referente a alguma situação 

Essa habilidade te ajudará a apurar ainda mais suas próprias habilidades empáticas. Quando te falarem o ponto de vista diverso, compare em silêncio com a sua forma de pensar e entenda com a cabeça do outro também. Quanto mais praticar, mais expandirá suas formas de resolução e compreensão acerca de algum fato.

  1. Demonstre interesse

Através de sua postura, mostre que está interessado. Conforme o teor da conversa e da intimidade com a pessoa que se fala, interaja com empolgação verdadeira, fale para o próximo expressões como: “que legal”, “nossa”, “que interessante”.

  1. Utilize a linguagem corporal 

Os gestos são extremamente eficazes na hora de confortar alguém que estiver passando por um momento desagradável. Emita um olhar compreensivo, um abraço caloroso, um segurar de mãos verdadeiro, tudo isso, muitas vezes vale mais do que palavras. 

  1. Cultive a curiosidade por estranhos

Pessoas muito empáticas têm uma imensa curiosidade pelo desconhecido. Geralmente elas falam com pessoas em todos os lugares, no banco ao lado do ônibus, no metrô, shopping, shows, em templos, são muito sociáveis, é uma curiosidade nata. A curiosidade aumenta a nossa empatia quando falamos com pessoas fora do nosso círculo social habitual, pois são vidas e pontos de vistas totalmente diferentes.

Semear a curiosidade vai além de uma conversa simples sobre o clima, é um mergulho dentro da cabeça de outra pessoa, temos a chance de desenvolver essa tática todos os dias, sempre tem alguém novo. Para conversar com um estranho toda semana exige-se coragem.

  1. Pratique a empatia com quem te irrita

Para desenvolver a tolerância social, esse é um tópico relevante também, esforce-se para entender todos, até os que te tiram do sério, ao final desse exercício você pode ter uma opinião diferente sobre o ponto de vista de tal pessoa.

  1. Lembre-se que cada pessoa é um universo

Cada pessoa nesse mundo tem uma personalidade e princípios diferentes, somos todos únicos. Ter empatia é a capacidade de se relativizar perante o outro e tentar compreender com essa visão.

REFLEXÕES SOBRE A EMPATIA

“Na maioria das vezes, as pessoas falam e agem partindo de seu próprio ponto de vista. Raramente veem ou procuram ver o lado da outra pessoa. Se, por alta de compreensão, você entrar em conflito com alguém, lembre-se de que é tão culpado quanto o outro, independentemente de quem começou a discussão”. – Paramahansa Yogananda (A Eterna Busca do Homem).

“Quando nosso coração está repleto de empatia, um forte desejo de eliminar o sofrimento alheio surge dentro de nós.” – Matthew Quick

“A maior expressão de empatia é sermos compreensivos com alguém de quem não gostamos.” – Mark W. Baker

“É muito diferente se as pessoas se podem comportar para com as outras como espectadoras ou se participam sempre do seu sofrimento, da sua alegria ou da sua culpa: estas são as que verdadeiramente vivem.” – Hugo Von Hofmannstha

“O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.” – Arnaldo Jabor

“Para compreender as pessoas devo tentar escutar o que elas não estão dizendo, o que elas talvez nunca venham a dizer.” – Sir John Enoch Powell

“A verdadeira felicidade está na aquisição da empatia. Se você pode se sentir feliz por alguém, pode ser feliz por alguém, pode ser feliz consigo mesmo até nos momentos mais difíceis. O valor real não está no tradicionalismo barato, e sim, na ação altruísta de quem vive acreditando que o melhor do mundo é aquele que se preocupa com o próximo.” – Matheus Horácio

“A verdadeira compaixão não significa apenas sentir a dor de outra pessoa, mas ser motivado a eliminá-la”. – Daniel Goleman

“Tudo na vida é difícil, desde que a compreensão e a boa vontade não sejam utilizadas.” – François Rabelais

“Cultivar estados mentais positivos como a generosidade e a compaixão decididamente conduz a melhor saúde mental e a felicidade.” – Dalai Lama

“A empatia é uma das únicas capacidades que nos salva de generalizarmos nossas verdades pessoais em detrimento da realidade que é fornecida pelo outro.” – Josie Conti

“O amor é filho da compreensão; o amor é tanto mais veemente, quanto mais a compreensão é exata.” – Leonardo Da Vinci

“A comunicação olhos nos olhos com verdade e empatia é a melhor ferramenta para criar sentimentos e moral. A melhor e mais verdadeira religião a seguir, sem coação psicológica no medo.” – Armando Ribeiro

CONCLUSÃO

Por fim, entenda que o que é verdade para você não necessariamente será para outra pessoa, afinal, o que é verdade? Depende do ponto de vista, cada um tem a sua verdade e não tem nada de errado com isso, cada um vive a realidade que cria para si conforme seus princípios, e com a empatia aprendemos a entender um pouco mais sobre esse imenso universo de pensamentos alheios aos quais estamos direta ou indiretamente interconectados.

Agora que você chegou até aqui e viu os diversos benefícios que a empatia poderá manifestar na sua vida, que tal praticar um pouco? Não precisa fazer tudo o que eu falei acima, vá aos poucos, conforme se sentir confortável.

Desenvolva os seus relacionamentos interpessoais e sua capacidade empática diariamente.

“A verdadeira viagem do descobrimento não consiste em procurar novas paisagens, mas em ver com novos olhos.” – Marcel Proust.

A empatia é para todos!

O que é Pubbhing? Você pode praticar ou ser vítima sem saber

Desde que esses dispositivos surgiram, com ênfase nos smartphones, apareceram tudo ficou mais fácil, e tem ajudado em tudo praticamente virou uma extensão das pessoas, mas além dos benefícios, a dependência dessa ferramenta fica cada vez mais evidente. Não raramente, muitos se sentem perdidos ou isolados quando se esquece ou a bateria do aparelho acaba. Quem se identificou?

Atualmente essa prática tem se tornado cada vez mais comum com os avanços da tecnologia, claro que não estou falando que o avanço tecnológico é ruim, ao contrário, é maravilhoso, porém assim como tem o lado bom, também vem o lado perigoso e desequilibrado do seu uso. 

SIGNIFICADO 

De acordo com o site Wikipédia Phubbing é um termo inglês criado como parte de uma campanha pela Macquarie Dictionary a partir das palavras snubbing (esnobar) e phone (telefone) para descrever o ato de ignorar alguém usando como desculpa, um telefonema, mensagem ou outros através de um smartphone.

Conscientemente ou inconscientemente, quem nunca fez isso? Quem nunca teve a sensação de conversar com alguém que presta mais atenção ao celular do que no que está sendo falado?

Para muitos essa prática já virou hábito, ocorre que, isso está aumentando com o tempo, e devemos ver com olhos de alerta para não praticarmos ou cairmos nessa cilada.

VÍTIMAS DO PUBBHING

No Texas, foi realizado um estudo da Universidade de Baylor University, onde 46% dos 145 entrevistados confirmaram o uso do celular como problema nos relacionamentos com seus parceiros de diferentes formas e intensidades. “Às vezes”, “frequentemente” e “o tempo todo” foram as expressões utilizadas para mensurar a regularidade do desconforto. Em mais de 20% dos casos, a situação encerrou em conflito.

A pesquisadora Meredith David em seu relatório de estudo afirmou o seguinte: “Nas interações sociais diárias, as pessoas acham que distrações momentâneas com o celular não são um problema sério. Mas essa pesquisa mostra que, na medida em que isso ocorre com um casal, é pouco provável que o indivíduo ignorado esteja feliz no relacionamento”.

A Pew Internet fez uma pesquisa nos Estados Unidos com 2277 adultos, dessas pessoas 13% admitiram que fingem usar o celular para evitar o contato com outras pessoas, dentre elas, a maioria entre 18 e 29 anos.

A terapeuta de casal, família e uma das fundadoras do Instituto do Casal, Denise Miranda de Figueiredo afirma que “O mais sério disso é que, hoje em dia, o celular entra como terceiro elemento. Você não consegue mais estar só com seu amigo ou parceiro. Em vez de entrar como um elemento que comunica, ele afasta”.

A especialista explica que as pessoas que vão ao instituto reclamam muito sobre como o outro não presta atenção nelas, não interage ou não tem mais interesse nelas. As queixas são parecidas: desvalorização, falta de amor, falta de consideração, “é como se elas perdessem o espaço para o celular, que acaba representando esse universo de interesse que compete com a outra pessoa”.

Os pesquisadores de um estudo publicado no Journal of Applied Social Psychology afirmaram que essa prática pode ser bem prejudicial, já que vem ocorrendo com frequência. O estudo demonstrou que o phubbing ameaça quatro carências do ser humano: 1. o sentimento de pertencimento, 2. a existência significativa, 3. a autoestima e 4. o autocontrole das pessoas esquecidas.

Conforme um artigo publicado pela Computers in Human Behavior, o simples ato de enviar mensagens de texto enquanto se conversa com alguém torna o diálogo insatisfatório.

O celular é capaz de distrair a atenção de alguém até mesmo quando está desligado. Muitos não conseguem dividir os seus horários, sofrem de ansiedade, de não conseguir esperar para responder as mensagens, e-mails, entrar nas redes sociais, etc… a lista de afazeres é imensa, sempre tem algo pra fazer no celular e isso deixa a pessoa em um loop inconsciente.

A esse respeito, outra pesquisa feita pelo Journal of Social and Personal Relationships, descobriu que quando tem um celular presente, mesmo que ninguém esteja usando, as pessoas próximas se sentem menos conectadas umas com as outras.

Nesse caso, inicia-se a dúvida, o celular vem para desenvolver o contato social ou serve de barreira para o contato humano? Tudo depende de como essa ferramenta é utilizada.

O site Gazeta do Povo, em sua sessão Viver Bem compartilha conosco uma entrevista com a Arquiteta Cíntia Rocha Santos, de 40 anos, uma vítima do ato:

“Depois do WhatsApp meu casamento foi ladeira abaixo”, Para Cíntia, o aplicativo de mensagens foi um dos principais motivos que levaram sua união de 11 anos ao fim. “Tudo começou ali. Ele acordava e já pegava o telefone, ia ao banheiro com o aparelho, ficava conectado nas horas de descanso. Todo o tempo livre que a gente tinha era assim”, desabafa.” “Durante as refeições, a família – composta por Cíntia, o marido e as duas filhas de 11 e 5 anos –, parecia nunca estar só. Dezenas de notificações pipocavam dos grupos do WhatsApp: amigos do futebol, colegas de trabalho, primos e primas “falavam” ao mesmo tempo.

Na ânsia do marido em responder a todos e se manter na conversa, quem ficava de fora dos papos eram a esposa e as filhas. “Pedi que ele não o usasse enquanto estivesse na mesa com as crianças”, lembra. Em uma tentativa de despertar a atenção do pai, as filhas escreveram bilhetinhos pedindo para que ele ficasse longe do celular. Não deu certo e, aos poucos, Cíntia se adaptou à situação. “Nossa comunicação começou a ser via WhatsApp. Eu mandava mensagem dizendo que o jantar estava pronto ou que ele precisava cuidar das crianças. Isso potencializou a falta de interesse. Me senti abandonada”, conta. Dois anos depois, o divórcio. Ela notificou o ex-marido de que estava saindo de casa através de uma mensagem, como já era costume.”

 

NOMOFOBIA – VOCÊ SABE O QUE É?

É a necessidade de estar sempre ‘por dentro’ de tudo o que acontece e o receio de ficar sem celular, a expressão vem da junção de ‘no’ (não) + ‘mo’bile (celular) + fobia (medo). 

A terapeuta Denise Miranda define da seguinte forma: “Há um movimento em que as pessoas não podem perder nada, porque acham que isso as coloca fora dos acontecimentos”. 

O coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Cristiano Nabuco, fala que duas coisas poderão ocorrer: a depressão pode levar alguém ao uso desmoderado do celular ou o contrário. E ainda afirma: “quanto mais as pessoas se abstém das relações e vive no seu mundo, a gente percebe que o uso excessivo já está cumprindo alguma função”.

 

“Ela acha que alguém pode estar falando dela, que está perdendo algo. A necessidade é tanta, que ela imagina que o celular está vibrando e não pode pensar que a bateria vai acabar”, afirma Cristiano Nabuco.

Em 2015, os cientistas turcos da Universidade Osmangazi Eskisehir (ESOGU), em um estudo pioneiro sobre phubbing, definiram o comportamento como uma soma de vícios: vício de celular, vício de SMS, vício de mídias sociais, vício de internet e vício de games, vício de SMS, hoje em dia, praticamente desapareceu, para dar lugar a um vício talvez mais forte, o de, Messenger, WhatsApp e apps de mensagens semelhantes.

As numerosas ferramentas que um dispositivo (por exemplo, o smartphone), traz são um ‘atrativo’ para o cérebro, e sabemos que muitos deles são apenas distrações. O terapeuta Nabuco, explica que “O cérebro, na medida em que percebe que o aparelho oferece várias possibilidades, elege o celular como item de suma importância de forma inconsciente. Estima-se que o cérebro começa a liberar dopamina, hormônio neurotransmissor ligado aos efeitos de satisfação e motivação”.

O coordenador explica que a nomofobia é como se a tecnologia roubasse uma sequência de prioridades da vida de uma pessoa. Se a princípio essa prática é impulsiva, com o decorrer do tempo ela se tornará ainda mais viciante e inconsciente.

Com o tempo, as pessoas sequer se dão conta da gravidade desse ato e acabam perdendo a sensatez para enxergar isso, diz o especialista. É aí que esse hábito começa a ser praticado em todos os momentos. Nabuco aponta: “Perdeu-se o ‘cuidado’ de que as coisas não estão bem. Para a pessoa do lado, passa a sensação de que o que está no celular é mais importante do que a pessoa”.

COMO EVITAR O PHUBBING 

Para evitar esta prática é necessário desenvolver bons hábitos. Para começar, pare de evitar as pessoas com a desculpa do celular, ao entrar em contato com uma alma humana, tenha empatia, as pessoas têm sentimentos.

Desenvolva o autocontrole, se você tem consciência de que utiliza o celular o tempo todo e muitas vezes quando está conversando com outras pessoas, pare e repense, isso é saudável de alguma forma? Sabemos que não.

Se for fazer uma viagem, evite o uso do celular o tempo inteiro, aproveite para apreciar o local, conhecer pessoas novas, a cultura local, apreciar o momento e as companhias que estão viajando com você.

Muitas pessoas praticam o pubbhing para escapar dos problemas pessoais. Se autoanalise, reconheça seus sentimentos e pare de usar o celular como uma desculpa para não encarar o que você está em seu interior.

Reserve momentos a sós com seu parceiro ou com quem quer que seja que você ache que precise de atenção e deixe o celular de lado, se dedique a este momento, pratique a conversa, desenvolva ou reavive o interesse pela vida do outro.

Se o pubbing vem sendo praticado no ambiente familiar entre pais e filhos, perceba com que frequência isso está ocorrendo e qual o sentimento e consequências isso vem gerando? Elabore programas em que todos os integrantes possam participar sem uso do celular, livre de interrupções, uma conversa, um jogo, um filme em grupo, existem infinitas possibilidades.

Uma outra ótima dica é evitar o celular nas horas de refeições, um artigo do Journal of Experimental Social Psychology, revela que as pessoas que olham para seus celulares enquanto comem em companhia apreciam menos sua comida e se sentem menos envolvidas em comparação com aquelas pessoas que preferem não utilizar a ferramenta durante a refeição. 

Em nenhuma hipótese tente proibir o uso do celular para alguém, isso não resolverá nada e apenas irá piorar a situação. Esteja disposto a resolver essa questão com uma conversa honesta, se você é a vítima, explane como você se sente com relação a isso.

CONCLUSÃO 

De acordo com os psicólogos, informatas e economistas que estudam o assunto, o pubbhing tem consequências expressamente negativas na vida das pessoas, pois provoca conflitos no que se refere ao uso do celular, diminui a satisfação e entusiasmo nos relacionamentos e inconscientemente reflete nem uma menor satisfação com a vida.

O fato é que os celulares e as mídias sociais, destinados a conectar as pessoas, talvez estejam impedindo que se conectem.

O celular é uma ferramenta maravilhosa no que diz respeito à interconexão social, mas o seu uso de forma desequilibrada, definitivamente tem de ser encarado como um alerta e extremamente prejudicial às interações humanas.

Receber atenção de pessoas que gostamos ou de quem nem sequer conhecemos, já melhora muito o nosso dia. É muito bom ter alguém disposto a nos escutar, a nos fazer rir, é ótimo saber que essas pessoas estão por perto se um dia precisarmos e ainda que gostam de nossa companhia. Com isso, percebemos que não estamos sozinhos e que tem pessoas no mundo que realmente se importam conosco.

 

Faça uso da tecnologia de uma forma consciente e equilibrada, demonstre consideração pelas pessoas ao seu redor e lembre-se a mudança começa por você.

Uma meditação de 10 minutos sobre amor e conexão

Tara Brach e seu marido, professor de meditação Jonathan Foust, desenvolveram uma prática regular para manter as linhas de comunicação abertas e manter uma conexão profunda e amorosa entre o casal. Eles praticam duas vezes por semana.

Veja abaixo como ela sugere praticar

Praticar: Mantenha as linhas abertas

1) Comece sentado silenciosamente juntos por 10 a 20 minutos, conforme o tempo permitir.

2) Em seguida, revezem-se dizendo um ao outro pelo que são gratos , o que está animando seu coração no momento. “Isso se chama alegrar o coração e serve como uma boa maneira de abrir o canal de comunicação”, diz Tara.

3) Depois de expressar gratidão individualmente, reveze-se nomeando quaisquer desafios específicos com os quais você está lidando e que atualmente estão causando estresse. Essas são dificuldades que você enfrenta além do seu relacionamento.

4) Em seguida, aprofunde sua investigação revezando-se em algo que possa estar restringindo o senso de amor e abertura que você sente em relação ao seu parceiro(a). Primeiro, você pode se perguntar: “O que há entre mim e sentir-se aberto e íntimo com meu parceiro?” Essa é potencialmente a parte mais complicada da prática, além da mais gratificante.

“O que há entre mim e sentir-me aberto e íntimo com meu parceiro?” Essa é potencialmente a parte mais complicada da prática, além da mais gratificante.

“Nomear verdades difíceis é a melhor maneira de trazer mais amor e compreensão para um relacionamento”, explica Tara. Por exemplo, ela diz: “Há momentos em que fico ocupado e Jonathan assume uma parte maior das responsabilidades domésticas e acaba se sentindo desvalorizado, e preciso ser lembrado para expressar minha gratidão. Quando reconhecemos o que poderia causar ressentimento se não for dito, isso nos aproxima mais. ”Mas, ela alerta, para que essa etapa seja produtiva, é essencial que os dois parceiros pratiquem a fala e a audição de um local de vulnerabilidade , sem culpar o outro. pessoa.

5) Em seguida, expanda sua pergunta para ver se há alguém em seu círculo mais amplo de família, amigos ou sociedade em geral que seja importante para você como indivíduo ou como casal, e que também chame sua atenção. Reveze-se na identificação deles e sinta o que pode servir ao bem-estar nesse domínio maior do relacionamento.

6) Por fim, aproveite alguns momentos de apreciação silenciosa juntos, idealmente em um abraço longo e terno.