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5 Dicas e Técnicas de Rapport para Gerar mais Empatia

Mas afinal o que é rapport?

De origem francesa, a palavra rapporter, em seu sentido literalsignifica “trazer de volta” ou “criar uma relação”, remetendo à sincronização que permite estabelecer uma relação harmônica. Em uma linguagem conotativa, o conceito é originário da psicologia, utilizado para designar a técnica de criar uma ligação de empatia com outra pessoa. O objetivo é gerar confiança no processo de comunicação, para que a pessoa fique mais aberta e receptiva, fazendo com que ela interaja mais, troque e receba informações com menos resistência.

Também estudada na Programação Neurolinguística (PNL), a técnica é implantada frequentemente por profissionais de vendas, principalmente quando se trata de negociar e abrir portas para uma relação comercial efetiva e estável. Afinal, quem não gosta de comprar, vender e se relacionar com pessoas parecidas ou que se identificam de alguma maneira?

Apesar de ser algo que acontece, na maioria das vezes, de forma autêntica e genuína, você pode sim trabalhar intencionalmente algumas técnicas para entrar em rapport com outras pessoas. No início pode parecer algo forçado, mas aos poucos os hábitos vão se tornando intrínsecos e, cada vez mais, eficientes e naturais. Afinal, quando sentimos que estamos sendo escutados com interesse verdadeiro, um mundo de possibilidades de boa comunicação começa a surgir.

Para ajudá-los, aqui vão algumas dicas — que podem parecer bobas em um primeiro olhar — mas que têm um enorme poder quando se trata de empatia e podem ser utilizadas a partir de hoje:

1. Sorrir

Considerado a chave universal do rapport, o sorriso é capaz de desarmar qualquer pessoa e fazer com que grandes dificuldades pareçam fáceis de resolver, seja em uma conversa ao vivo, por Skype ou até mesmo por telefone — conseguimos perceber quando a pessoa está sorrindo, mesmo que ela esteja lá do outro lado. Não dói, é gratuito e pode trazer resultados inimagináveis!

2. Tratar o outro pelo nome

Já diria Dale Carnegie, o papa das relações humanas: “lembre-se de que o nome de uma pessoa é para ela o som mais doce e mais importante que existe em qualquer idioma”. E quem somos nós para discordar? Parece irrelevante, mas chamar alguém pelo nome, especialmente quem não vemos com muita frequência, faz toda a diferença!

3. Ser otimista

Tem coisa melhor do que conviver com pessoas positivas? Daquele tipo que não pensa em problemas, mas em soluções. Que contagiam por onde passam, pois são leves e espalham boas energias. Pessoas otimistas transmitem confiança, sensação de poder e nos fazem querer ficar perto delas. E você, como vai? Será que não anda reclamando à toa por aí?

4. Ter paciência

Quem curte a trilogia de Guerra nas Estrelas deve lembrar de uma das frases mais célebres do Mestre Yoda. “Paciência você deve ter, meu jovem Padawan”. Seja para lidar com as diferenças, alcançar os resultados desejados, entender o timing de outras pessoas, esperar o trânsito caótico ou até mesmo o efeito dos treinos e da dieta. Em qualquer situação de nossas vidas, precisamos ser tolerantes, trabalharmos a ansiedade e sabermos ouvir, pois quando alguém fala é porque quer ser escutado.

5. Buscar conexões

Para convivermos bem em família, no trabalho, com amigos e na vida amorosa, é preciso compreender o universo de cada um. Por mais que, às vezes, pareça que você não tem nada em comum com a outra pessoa, tente encontrar qualquer informação que os conecte.

Região do país, estado, cidade, time de futebol, política, religião, filmes, bandas, programas de TV, preferências culinárias. Aqui vale tudo! Em tempos de internet — olha o stalking por aí — é muito improvável que você não encontre no LinkedIn, Facebook, Twitter ou Instagram algum dado que possa servir de elo entre vocês.

Além dessas dicas simples, mas super efetivas, também há algumas técnicas consagradas no âmbito profissional quando o assunto é rapport. Entre elas, uma das mais famosas e utilizadas é a do espelhamento, bastante conhecida na área de vendas.

Como o próprio nome já diz, a técnica consiste em espelhar os principais elementos da linguagem corporal da pessoa com quem estamos falando. Por exemplo, se estou atendendo ou tentando vender algo para um possível cliente, posso replicar sua postura, gestos, expressões faciais, respiração, tom de voz ou outros fatores que facilitem a criação de empatia.

É simples. Se estou lidando com alguém que é mais introvertido, calmo, quase não gesticula e fala em um tom baixo, não faz sentido nenhum eu me exceder nos movimentos com braços, na intensidade da voz ou até mesmo com uma respiração ofegante e nervosa. É preciso perceber também quando você não tem intimidade suficiente — ou a pessoa não é tão receptiva — para fazer piadas ou outro tipo de brincadeiras.

No entanto, se percebo que outra pessoa é mais extrovertida, está sempre rindo e se mostra aberta, posso me sentir mais confortável para agir de uma maneira totalmente diferente da primeira situação.

O único cuidado que você deve ter ao utilizar a técnica do espelhamento é aplicá-la de maneira gradual. É preciso muita cautela para que não vire um verdadeiro “jogo da imitação” e as pessoas não achem que estão sendo motivo de deboche. Todo cuidado é pouco!

O ponto fundamental aqui é o acompanhamento. No início você deve acompanhar, para depois conduzir. Step by step. Pense em uma dança: primeiro você acompanha o seu par no embalo da música e, logo depois, ele que te acompanhará. Quando estamos em um nível alto de rapport, é possível que a pessoa comece a te espelhar. Nesse momento, ela passa a aceitar melhor ideias, sugestões, negociações, seduções.

Mas e se eu estiver me relacionando com alguém pela internet, por exemplo. Será que dá para aplicar a técnica do espelhamento ainda assim?

Claro que dá!

Você pode prestar atenção no jeito que a outra pessoa escreve, se a linguagem é mais formal ou descontraída. Depois disso, é possível espelhar algumas palavras. Então, se do outro lado do computador ou celular estão utilizando gírias, você pode considerar inserir algumas na conversa também. Se caso a pessoa abrevie palavras, por que não seguir na mesma linha?

Se você perceber que está em um universo amigável, outra sugestão é começar a utilizar emoticons na comunicação. Por exemplo, se o assunto for alegre, engraçado, empolgante ou que mereça uma comemoração, pode abusar das “carinhas felizes/chorando de rir/motivacionais”. Parece simples, mas isso também ajuda a aumentar o nível de empatia entre vocês!

Todas essas dicas e técnicas de rapport proporcionam um clima de harmonia, confiança e reciprocidade! A mensagem que estará enviando ao inconsciente da outra pessoa é a de que vocês são parecidos. Ao demonstrar isso para alguém, seja online ou ao vivo e a cores, as chances de obter êxito em qualquer comunicação são 100% maiores!

Não sem motivo é uma técnica tão utilizada por equipes comerciais! Com rapport, o nível de confiança aumenta, a tensão interpessoal diminui, fazendo com que o futuro (ou atual) cliente se sinta mais à vontade. A partir daí, ele começa a expor, de modo sincero, suas reais necessidades, desejos, objetivos, desafios, sonhos e angústias.

Reinaldo Duarte da Silva
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